A nossa escola adotou como patrono Roberto Ivens. Roberto Ivens foi Oficial da Marinha Portuguesa e um dos maiores exploradores do continente africano.
Nasceu em 12 de junho de 1850, na casa nº 26 da atual rua do Meio, S. Pedro, nesta cidade – a cerca de 300 metros desta escola – filho do inglês Robert Breakspeare Ivens e de D. Margarida Júlia de Medeiros Castelo Branco.
Apesar de ter perdido a mãe, vítima de tuberculose, com apenas três anos de idade, cresceu aqui com o irmão, tendo frequentado a Escola Primária do Convento da Graça, onde, em virtude das travessuras que frequentemente protagonizava, ficou conhecido por “Roberto do Diabo”. Aqui viveu até à idade de oito anos, tendo então embarcado para o continente português para se juntar ao seu pai, que entretanto casara e se fixara em Faro.
Em 1861 Roberto Ivens foi inscrito na Escola da Marinha, em Lisboa, ali fazendo os estudos que o conduziram a uma carreira como oficial de marinha.
Foi sempre um estudante inteligente e aplicado, mas igualmente brincalhão.
Ingressou na Armada em 1867 e, três anos mais tarde, partiu para a Índia em prestação de serviço militar. Seguiram-se serviços em Angola e São Tomé. Em 1877, foi designado para uma missão de exploração do território de África entre Angola e Moçambique, com particular incidência no levantamento das bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Partiu acompanhado por Serpa Pinto e Hermenegildo Capelo, tendo este último realizado mais duas expedições em sua companhia (1877-1880 e 1884- 1885), tornadas públicas nos relatos “De Benguela às Terras de Iácca” (1881) e “De Angola à Contra-Costa” (1886). Ficou particularmente célebre por estas viagens de exploração científica, tendo sido homenageado com diversas condecorações e feito membro de algumas instituições científicas.
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Faleceu em 28 de Janeiro de 1898, no Dafundo (arredores de Lisboa). À data da sua morte, ocupava o posto de capitão de fragata, na hierarquia da armada.
Roberto Ivens teve uma vida, e particularmente uma infância, muito complicada. Porém, ao longo de toda a sua vida, sempre manifestou grande generosidade, coragem, determinação, alegria e entusiasmo, na abordagem dos vários desafios que teve de enfrentar, e naqueles que, por vontade própria, impôs a si mesmo.
Possam a sua vida e os seus feitos servir de exemplo e inspiração a todos, e a cada um, daqueles que hoje constituem a comunidade educativa da Escola Básica Integrada Roberto Ivens…
Hino da Roberto Ivens
A Ciência é uma luz que ilumina
Qual astro d’intenso fulgor,
É na Terra quem tudo germina
É no mundo outro sol criador.
Coro
Roberto Ivens, um filho ilustrado
D’esta terra, seu berço natal,
da Ciência ao amor dedicado
É no mundo um brilhante fanal.
O apóst’lo que induz ao Progresso
O asceta da Deusa da luz,
E aquele que dá mais ingresso
Na Ciência, farol que seduz.
Quem esparge o clarão no escuro
E no caos vai a luz projetar,
Tal ação, no presente e futuro,
Há-de todo o Universo lembrar.
Coro
Só o amor da Ciência embutido
No trabalho e vontade e prazer,
Pode o homem levar foragido
Para as plagas onde acha o sofrer.
O arrojo entre p’rigos e feras
Um caminho ao comércio traçou;
Tremedais e abutres, crateras,
Não temeu, nem jamais vacilou!
Coro
Um enorme edifício seleto
Já constrói a Ciência ao porvir:
É o amor ao saber predileto
Perfeição, quando a meta atingir.
Portugal teve heróis, na conquista
Que a atenção do Universo prendeu,
E ainda hoje acrescenta na lista
Mais um nome que essa honra mer’ceu.